É muito comum escutar as pessoas dizendo que seus espaços parecem apertados, ou que seu apartamento dá a sensação de ser muito pequeno. A realidade do mercado imobiliário é sim de uma diminuição dos espaços, visto que cada vez mais existem menos terrenos em bairros mais bem localizados, que é onde todos querem morar. Mas o problema não é só esse.
Na minha opinião, um dos maiores erros que as pessoas cometem, não está apenas relacionado ao tamanho dos espaços, e sim na forma como alguns elementos, principalmente mobiliário, é utilizado nestes espaços.
A palavra-chave neste caso é proporção. Isso mesmo, saber adequar o tamanho das coisas dentro dos ambientes é algo fundamental em design de interiores. E a regra é válida tanto para quem tem pouco como para que tem de espaço de sobra.
Para entender este conceito, gosto de usar como exemplo pensar que os espaços fossem como nossa roupa, elas devem cair bem no corpo, nem muito justas nem muito folgadas. Se você tem espaço abundante, pode utilizar móveis com um tamanho maior e privilegiar a circulação. O oposto, quando se tem pouco espaço, deve-se usar móveis menores, mais compactos.
Mas não é tão simples, nos espaços grandes móveis pequenos podem causar a sensação de vazio e muitas vezes não deixam os espaços aconchegantes. Nos ambientes pequenos, móveis grandes fazem os espaços parecerem ainda menores, dando aquela sensação de aperto que tanto incomoda.
Para conseguir uma boa proporção o mais correto é recorrer a um profissional de interiores. Um bom projeto resolve este problema. O projeto não pensa só na estética! Existe a questão de se preocupar com o uso. É importante estudar a circulação, afinal as pessoas precisam transitar com facilidade nos espaços, sem ficar batendo em quina de móvel.
Através de um estudo da distribuição de mobiliário (ou planta de layout), é possível encontrar esta proporção, e saber a quantidade, e mais importante, o tamanho de cada um dos móveis que devem ser usados para cada espaço. Assim, na hora de comprar fica muito mais fácil e assertivo. Outra coisa que é importante é pensar no uso cotidiano. Tem gente que projeta seus espaços pensando nas visitas que vem uma vez ao ano. Tem que pensar na regra e não na exceção.
A escolha dos móveis para sua casa
Muitas pessoas são seduzidas por liquidações e acabam comprando móveis que não se adequam ao projeto. Não se deixe levar apenas pela questão do valor. Primeiro verifique se o tamanho está dentro dos limites do projeto. A fidelidade ao projeto é que garante o resultado esperado. Segundo, opte pela qualidade, pelo conforto, um bom móvel dura bastante tempo, além disso, você irá utilizá-lo todos os dias da sua vida, isso tem que valer a pena.
Uma última dica, é sempre bom experimentar o móvel antes de comprar, lembre-se que cada pessoa tem um tamanho diferente. Prove o mobiliário, pois além de bonito precisa ser confortável.
Separei algumas fotos de projetos com móveis bem proporcionados: