sexta-feira, 30 de maio de 2014

Iluminação, a alma do projeto

*Por Marina Carvalho
Há muitos anos atrás, quando comecei a estudar Design de Interiores, tive um professor que me inspirou e inspira até hoje. Ele sempre afirmou que a iluminação é a alma do projeto.
Qualquer ambiente sem uma boa iluminação não tem vida, não tem personalidade, não tem emoção. Além disto, um ambiente mal iluminado pode prejudicar nosso rendimento e nossa saúde, causando problemas de visão, dor de cabeça, etc.
Na matéria desta semana vou dar dicas simples para criar ambientes agradáveis e adequados a cada uso:
Cor da luz
mari1
Sempre optar por lâmpadas na cor branco quente (3000k) e nunca fria (6500 E 8000k).
Além de distorcer as cores dos objetos e comidas, a luz branca fria é muito cansativa. Ela é normalmente utilizada em ambientes corporativos onde as pessoas precisam de atenção e produtividade.
Já a luz branca quente (3000K) é muito mais confortável e aconchegante, sendo indicada para todos os ambientes
Escolha das luminárias
Trilho com spots direcionáveis
mari2
Vai depender do tipo do teto, isto é, se laje ou forro de gesso. Se for laje é melhor optar por luminárias de sobrepor, aquelas que são fixadas diretamente na laje. Neste caso, prefiro as luminárias de trilho, com a possibilidade de se colocar vários spots, até com diferentes tipos de lâmpadas direcionáveis (vamos explicar sobre elas abaixo).
Se sua casa tem forro de gesso, você pode brincar com a iluminação. Neste caso existem mais opções, como luminárias embutidas, sancas iluminadas, etc. Mas, se você prefere os embutidos, opte por luminárias brancas, pois elas vão simplesmente desaparecer no forro branco. E as direcionáveis, que lhe permitem iluminar diretamente um quadro ou decoração especifica.
Projetos
Para valorizar o painel de madeira de demolição, optamos por luminárias embutidas, brancas e direcionáveis.
mari3
Projeto: Marina Carvalho | Arquitetura
Foto: Marcelo Magnani
Neste caso foi colocada uma sanca no forro, ou cortineiro iluminado, valorizando as persianas de madeira
mari4
Projeto: Marina Carvalho | Arquitetura
Foto: Marcelo Magnani
Escolha das lâmpadas
Existem diversas opções, com diferentes características e indicações. Vou abordar 3 tipos, os mais usados nas residências.
AR 70: É uma luz direta, com facho de luz bem marcado, do tipo cenográfico, pois sua luz é mais dramática. É indicada para hall de entrada, lavabo, sala, ou algum lugar que você queira dar destaque, valorizar algum item de decoração, como um quadro, uma estátua, papel de parede, etc.
Neste caso, temos a AR 70 (4), com facho de luz bem concentrado. E a sanca, com luz indireta, para uma iluminação mais geral e aconchegante.
mari5
Dicróica: Esta já é uma luz geral, com facho mais aberto do que a AR70. É indicada para iluminar quartos (perto dos armários para proporcionar boa visão das roupas), corredores, salas, etc.
mari6
LED: Comparado com as outras, o LED é o que existe de mais moderno no mercado. Apesar de mais caro, seu custo com a manutenção cai bastante. Particularmente acho que sua qualidade de luz, ainda não se compara a AR70 e a dicroica. Costumo indicar a fita de LED para valorizar móveis de marcenaria.
mari7
Projeto: Marina Carvalho | Arquitetura
Foto: Marcelo Magnani
Este é um assunto bastante amplo e conta com vários exemplos e possibilidades. É impressionante com uma boa iluminação faz diferença no ambiente deixando-o muito  mais agradável e aconchegante. Além disto, permite se criar diferentes cenários, para diferentes ocasiões.
Ex: uma luz mais intimista se for para uma festa, ou uma luz mais indireta se for um filme. Você vai poder se divertir criando climas e cenários.
Então mãos a obra!
* Marina Carvalho é formada em Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores, com MBA em gestão de projetos na FGV. Ela tem seu próprio escritório, o Marina Carvalho/ Arquitetura, onde faz parceria com diversas construtoras, oferecendo desde a concepção até a elaboração de projetos de decoração para os apartamentos decorados e áreas comuns, além de desenvolver projetos e acompanhar obras residenciais, comerciais e corporativas.

Câmara do Rio aprova projeto que permite fechamento de varandas com vidro

Depois de quase dez anos de tramitação, a Câmara dos Vereadores aprovou na quinta-feira um polêmico projeto de lei que permite o fechamento de varandas, através da instalação de um sistema retrátil de vidros. Caberá agora ao prefeito Eduardo Paes – que sempre mostrou ser contrário à permissão – sancionar ou não o texto. O projeto aprovado exclui apenas os bairros da Zona Sul do benefício, o que, segundo o vereador Carlo Caiado (DEM), idealizador da iniciativa, atendeu a um pedido de presidentes de associações de moradores da região.
A aprovação foi um dos raros momentos no passado recente da Câmara em que um projeto com impacto relevante para a cidade, elaborado por um vereador da minoria de oposição, conseguiu ser bem-sucedido no plenário. Caiado usou a estratégia de colocar outros 20 vereadores como coautores, o que, na prática, pode trazer efeitos positivos para as bases eleitorais de cada um deles nos bairros. Até o líder do governo, Luiz Guaraná (PMDB), acabou assinando o texto. Ele conseguiu a inclusão de uma emenda que estabelece o pagamento de até R$ 300 por metro quadrado, para que o proprietário faça a regularização do fechamento. Caberá à prefeitura, se o texto for sancionado, fixar o valor específico para cada bairro.
Paes ainda não sabe se vai sancionar projeto
O prefeito Eduardo Paes disse que ainda não viu o projeto e, por isso, não decidiu se vai sancioná-lo.
- A proposta ia ser aprovada de qualquer jeito. O que fizemos foi incluir um mecanismo prevendo a cobrança pela regularização. Seria uma injustiça não cobrar, porque anteriormente houve uma lei de mais-valia que cobrou uma taxa para quem desejava se regularizar – disse o vereador Guaraná, lembrando o decreto publicado em 2009, quando vários proprietários de imóveis da Zona Sul regularizaram o fechamento de suas varandas, através da mais-valia.
O projeto das varandas foi o primeiro que Carlo Caiado apresentou, quando chegou à Casa em seu primeiro mandato, em 2005. Ex-subprefeito da Barra e administrador regional do Recreio durante a gestão de Cesar Maia, o vereador disse que elaborou a proposta por causa dos constantes pedidos de moradores da região, sua maior base eleitoral, que alegavam problemas principalmente com chuva, ventos e sol forte, além de segurança.
A psicóloga Silvia Cohen há um ano providenciou o fechamento de sua varanda no Jardim Oceânico, na Barra.
- Eu moro no primeiro andar, e o vidro reduziu muito o barulho da rua. Também tenho netos e transformei uma parte da varanda num cantinho para os brinquedos das crianças. Foi uma forma de evitar as grades e as telas protetoras – diz ela.
O empresário Sidney Brunstein, que mora numa cobertura na Barra, se diz favorável ao fechamento das varandas, desde que seja feito com critério:
- Sou totalmente a favor, porque aumenta a sala e se aproveita melhor o ar-condicionado, mas não pode cada um fazer do seu jeito. É preciso haver um padrão estabelecido pelo prédio.
Falta de padronização nas fachadas
A falta de padrão no fechamento de varandas pode ser vista em vários endereços da Zona Sul, onde a medida continua sendo proibida. Na Rua General Glicério, em Laranjeiras, o edifício 440 tem os mais diversos estilos de vidros nas janelas, com esquadrias pretas, brancas e metálicas. A dona de casa Maria Fernanda Vilela conta que todos os apartamentos do prédio onde mora há 30 anos fecharam suas varandas:
- Eu nem sabia que não podia. Se pago mais por isso no IPTU, também não tenho conhecimento. Só sei que a varanda sem janelas acumula muita poeira e poluição dos ônibus. Quando venta, junta folha, e fica tudo sujo.
A parte do projeto que causou mais discussões desde a sua apresentação foi a questão da mais-valia. Conforme decreto municipal de 2009, o fechamento das varandas implica o aumento da área edificável e, como consequência, o acréscimo na base de cálculo do IPTU, uma das principais fontes de arrecadação do município. O projeto aprovado determina que o fechamento da varanda não poderá resultar em aumento real da área da unidade residencial. Não será admitida a incorporação da varanda, total ou parcialmente, aos compartimentos internos, sob pena de multa.
O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Pedro da Luz Moreira, disse que não considera o fechamento das varandas algo grave do ponto de vista urbanístico, desde que existam parâmetros. O arquiteto, no entanto, alerta que é preciso que as varandas preservem as características de serem um ponto de vista para o morador e também de ventilação. A padronização das fachadas também é outro ponto que deve ser levado em consideração.
- A varanda não pode ser fechada e se tornar parte do apartamento – disse Pedro da Luz.
*Colaborou Luiz Ernesto Magalhães

Fonte: O Globo, Célia Costa – 24/05/2014

segunda-feira, 26 de maio de 2014

9 Dicas para se mudar com tranquilidade

Mudar de casa é uma situação que todos passaremos ao menos uma vez na vida, porém este processo pode ser muito complicado caso não haja planejamento e organização. Para minimizar os possíveis problemas e auxiliar você a realizar a mudança com mais facilidade, descrevemos abaixo algumas dicas simples, mas que muitas vezes acabam sendo esquecidas.
1. Faça um check list sobre suas coisas
Antes de começar todo o trabalho, faça um check list dos objetos que você tem. Separe por cômodos e qual será seu fim. Dessa forma será mais fácil organizar o empacotamento e o desempacotamento das caixas sem se perder em nenhum momento.
2. Comece a empacotar suas coisas com antecedência
A mudança começa a partir do momento em que você sabe que se mudará, portanto não dá para deixar tudo para a última hora. Os pacotes devem começar a ser feitos com no mínimo uma semana de antecedência, sendo este um prazo curto. O ideal é que tudo seja empacotado de acordo com a quantidade de cômodos existentes em sua casa, consequentemente casas maiores demandam mais tempo e vice-versa.
3. Escreva os nomes dos respectivos cômodos em cada caixa
Pense que o trabalho que você teve para empacotar as suas coisas será redobrado na hora de desempacotar, portanto, quanto mais organizado você se manter no primeiro momento, mais fácil será na hora de arrumar seu novo espaço.
4. Tenha uma caixa para doação e outra para lixos
Aproveite a hora de empacotar para fazer uma limpeza em seus objetos que não possuem mais serventia para você. Uma dica é ter uma caixa para doação e outra caixa para lixo. É comum que as pessoas se apeguem em objetos quebrados ou não tenham interesse em algo, mas muitas vezes o que é inútil para um pode ser útil para outro.
5. Cuidados com as caixas
Na hora de empacotar as coisas para a mudança é preciso tomar alguns cuidados com as caixas. Dê preferência às caixas médias ou pequenas, pois os modelos muito grandes são difíceis de carregar. Não encha as caixas com muitos objetos para que elas não se abram enquanto você as carrega e lacre-as muito bem antes de transportá-las.
6. Separe coisas que podem ser necessárias até o último momento
Alguns objetos serão úteis por todo o período da mudança. É essencial que você separe em uma bolsa ou caixa o que utilizará até o último momento. Uma toalha de banho, lençol e algumas trocas de roupas caracterizam estes itens. Se você chegar a sua nova casa e não for organizar suas coisas de imediato é preciso deixar fácil o que precisará nos primeiros dias.
7. Contrato com a transportadora
Caso necessite de uma transportadora para levar seus móveis maiores, ou até para realizar a mudança toda, pesquise muito bem as empresas disponíveis, veja sua reputação na web e até solicite depoimentos de quem já utilizou o serviço. Confira se o seguro dos objetos está incluso no contrato, assim você garante a proteção em caso de danos causados em seus objetos. Só feche o contrato quando tiver certeza que a organização é confiável e lembre-se de realizar os orçamentos e negociações com antecedência, pois muitas vezes estes tipos de acordo levam certo período.
8. Transferência de contas e serviços
Realizar a transferência dos serviços como internet, TV por assinatura e telefonia geralmente leva algum tempo, por isso é necessário que estas solicitações sejam feitas com no mínimo uma semana de antecedência.
9. Faça uma vistoria na casa
Antes de sair do seu imóvel atual, examine todos os cômodos e tenha certeza que não ficou nenhum pertence para trás.

Como escolher o terreno perfeito para construir?

O primeiro passo para quem deseja construir a casa própria é escolher o terreno que abrigará o endereço fixo da família. A localização da área é um dos fatores que mais pesam na decisão dos compradores, que muitas vezes deixam de analisar outras características que interferem diretamente no valor do lote e, até mesmo, nas possibilidades de implantação da obra. 

A topografia do terreno, a largura do lote e a presença de árvores nativas estão entre os aspectos que devem ser levados em consideração no momento da compra. Recuos necessários devido à passagem de tubulações de empresas de saneamento ou ao afastamento mínimo das divisas do terreno também precisam ser observados, ensina Antonio Giacomo Trica, engenheiro civil e proprietário da Avaliar Engenharia – empresa que trabalha com avaliação imobiliária. 

Para que o proprietário não tenha surpresas futuras, Trica aconselha que antes da aquisição do imóvel o comprador retire as guias amarela e azul junto à prefeitura, além de uma matrícula atualizada no registro de imóveis. “Esses documentos trazem informações sobre as possibilidades de ocupação do lote, como número de pavimentos e destinação do imóvel, além de possíveis pendências jurídicas ou financeiras relacionadas ao terreno”, explica. 

Outra dica é medir pessoalmente ou com o auxílio de um engenheiro as dimensões do lote para verificar se estão de acordo ou, então, para corrigi-las, caso haja alguma irregularidade. Isso previne problemas na emissão do alvará de construção e do Habite-se da obra. 

Definição do projeto auxilia na escolha do terreno 

Ter um mente o tipo de imóvel que se deseja construir também é fundamental para acertar na escolha do terreno. Dessa forma, o comprador pode restringir a pesquisa aos lotes que contemplem as dimensões e características necessárias para abrigar a residência. “Muitas vezes, as pessoas não levam o projeto em consideração no momento de fechar o negócio e compram terrenos incompatíveis ao que desejam construir” explica o arquiteto Rodrigo Freire, da Proa Arquitetura. 

Terrenos com desníveis acentuados, por exemplo, não são indicados para pessoas que não gostam de escadas, pois exigirão grandes investimentos na remoção de terra com o objetivo de nivelar o lote. Já quem não tem nas escadas um fator limitador pode abusar das soluções que a arquitetura oferece para deixar o imóvel criativo. “Os terrenos acidentados são muito interessantes do ponto de vista arquitetônico. Os altos e baixos do lote permitem a construção de um imóvel muito mais rico estética e espacialmente, além de ser uma solução sustentável”, afirma o arquiteto José Vicente Lopes, da Dória Lopes Fiuza Arquitetura.


Também é preciso observar questões relacionadas à ensolação, ventilação e vista do terreno, que podem ser impactadas pelas construções vizinhas. Lopes lembra que de nada adianta o lote ter face norte, por exemplo, se há um edifício próximo que encobre a luminosidade e faz sombra no terreno. “O barulho da rua, do vizinho, são inúmeras as questões a serem avaliadas. A cidade muda constantemente, por isso é importante prestar atenção às características atuais do lote e tentar prospectar as possíveis alterações na vizinhança para o futuro”, lembra o arquiteto.



Por: Sharon Abdalla
Fonte: Gazeta do Povo 

domingo, 25 de maio de 2014

Os prós e contras de comprar imóveis novos ou usados

Vejas quais costumam ser as diferenças de preço, vaga de garagem, IPTU, condomínio, tamanho, acabamento, garantia, área de lazer e forma de pagamento.

Imóvel em construção: há vantagens e desvantagens em relação aos usados
Belo Horizonte - O mercado imobiliário oferece um grande leque de opções, tanto em relação aos imóveis antigos quanto aos novos modelos de moradia. Ao abordar o tema, o consultor e conselheiro da Câmara de Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/MG), Kênio de Souza Pereira, destaca aspectos que devem ser ponderados, antes da decisão final.

Souza Pereira, que é também diretor da Caixa Imobiliária - Netimóveis, lembra que a sociedade, os conceitos, os materiais e a arquitetura evoluíram. "Na década de 60, eram poucas as famílias com mais de um veículo, e raros os apartamentos com áreas de lazer, quadras, piscina etc."

"Nos dias atuais, são comuns os apartamentos com quatro quartos, três ou mais vagas de garagem e área de lazer com vários equipamentos. Por isso, nada melhor que analisar bem todas as variáveis", diz, e ressalta que uma boa prática é contar com o auxílio de uma assessoria especializada na área imobiliária.

Para auxiliar as reflexões que sugere como indispensáveis, antecedendo a decisão de compra, o advogado elencou em tópicos as vantagens e desvantagens presentes nos imóveis novos e nos antigos, conforme a seguir.

Valor: Os imóveis antigos são vendidos por um valor mais baixo que um novo, e essa diferença facilita a aquisição. Há ainda a possibilidade do comprador, com o dinheiro que dispõe, adquirir um imóvel antigo com dimensões maiores do que as de um novo. Em contrapartida, adquirir de uma construtora um imóvel novo ou em construção torna mais fácil o parcelamento ou financiamento.

Tamanho: Imóveis antigos oferecem, entre suas vantagens, o fato de, geralmente, possuírem cômodos maiores, tendo em vista que antigamente os casais tinham mais filhos e, em virtude do costume da época - morar em casas, os prédios eram construídos com apartamentos mais amplos do que os atuais. Por exemplo, um apartamento com três quartos, era construído, entre 1970 e 1980, com área interna variando de 115 m2 a 130 m2, enquanto hoje a dimensão gira em torno de 75 m2 a 105 m2.

Acabamento: Entre as vantagens de adquirir um apartamento recém-construído está o fato de o acabamento (piso, pintura, cerâmicas), as instalações hidráulicas e a rede elétrica serem novos e, teoricamente, em perfeito estado e conforme dentro o conceito atualizado de uso espacial. Já nos imóveis antigos, os acabamentos são. Geralmente, desatualizados. A maioria das salas possui o piso em tacos ou tábuas corridas. Atualmente é utilizado granito, mármore ou porcelanato. O mesmo problema ocorre com os acabamentos dos banheiros, área de serviço e da cozinha.

Personalização: É rara a possibilidade de o comprador escolher os revestimentos dos pisos e paredes do imóvel novo, a não ser que este esteja em construção, e mediante entendimentos com o construtor. Mas, sendo adquirido um imóvel antigo por preço mais baixo, em decorrência de necessitar de reforma, será uma boa oportunidade de atualizar o visual de forma, para adequá-lo ao gosto dos moradores.

Garantia: O imóvel novo conta com a garantia legal irredutível de cinco anos, contra defeitos estruturais e vícios de construção, imposta pelo Código Civil à Construtora. Já o imóvel antigo não tem garantia, pois o comprador o recebe no estado em que se encontra.

Garagem: Outra vantagem de adquirir imóveis em condomínios novos é que estes oferecem serviços e infraestrutura superior à dos antigos. Um exemplo é o maior número de vagas de garagem por apartamentos. Por conta do reduzido número de automóveis em circulação há três ou quatro décadas, muitos entre os condomínios nem mesmo possuíam vagas de garagem. Ainda, em outros condomínios construídos àquelas épocas, o número de vagas de garagem não correspondia ao das unidades. Hoje, este fato motiva conflitos e até ações judiciais, que resultam em desgastes e até mesmo a mudança de local de moradia, por aqueles buscam tranquilidade.

Vizinhança: É importante saber quem serão seus vizinhos. No edifício novo, o comprador não tem como saber, e assim corre maior risco de ter surpresas. Para quem adquire imóvel antigo é diferente. Neste caso, é perfeitamente possível verificar quem serão seus vizinhos, tendo, desta forma, maior condição de avaliar como será sua convivência social. Assim, fatores como vizinhança, estrutura física e disponibilidade financeira se intercalam no momento da importante e prazerosa decisão de adquirir um imóvel.

Lazer: Os novos condomínios oferecerem uma estrutura obviamente mais moderna. Antes, nos condomínios o chamado espaço de lazer era limitado à quadra de esportes e ao salão de festas, depois evoluiu para playground e piscina. Atualmente, os condomínios mais sofisticados oferecem também: sauna, academia de ginástica (que às vezes é tão completa que oferece até (personal training), espaço gourmet, home theater, piscina com raia e térmica, quadra de tênis, internet a cabo, circuito interno de tv e alguns outros serviços semelhantes aos oferecidos por um apart-hotel.

Negociação: Na compra de um imóvel novo há maior possibilidade de negociar o valor. A construtora tem flexibilidade com o pagamento, tem maior poder de negociação. Já o proprietário de um imóvel usado, principalmente porque na maioria das vezes vende seu imóvel para adquirir outro, não tem condições de flexibilizar o preço e nem a forma de pagamento a longo prazo.

Permuta: Quanto à possibilidade de o comprador oferecer seu imóvel de menor valor, como parte de pagamento de outro bem, é mais fácil viabilizar a permuta - ou parte do pagamento em bens com uma construtora que vende um imóvel novo, pois esta tem caixa para assumir um estoque de unidades.

IPTU e Taxa de Condomínio: Quando se trata de imóvel antigo, o comprador sabe com segurança quanto será seu custo com as taxas de condomínio e de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Já em um imóvel novo ou em construção, raramente o comprador saberá com certeza quais serão os valores destes desembolsos mensais. Quando o prédio é antigo, há que considerar a possibilidade de custos inesperados, ocasionados por reformas de elevadores, troca de revestimento da fachada ou até mesmo com rescisões trabalhistas de funcionários. 
 
Fonte: portalexame

Especialistas apontam riscos e vantagens de comprar ou alugar imóvel

Alugar ou comprar um imóvel envolve muitas variantes e requer uma ampla análise. Além dos processos administrativo e jurídico, é preciso ter em mente algumas questões.

O imóvel se adequa às suas necessidades e à sua renda? Nos próximos anos, há alguma possibilidade de você mudar de cidade, Estado ou país? Se precisar vender a casa enquanto paga as parcelas, consegue recuperar o valor investido? As prestações ou o aluguel são muito salgados e consumirão gastos com lazer, bem-estar e qualidade de vida? O local é apropriado, vai valorizar?

"Não pode ser uma decisão por impulso, é preciso se informar e buscar orientação",diz José Augusto Viana, presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Veja nesta página a opinião dele e de mais nove especialistas no assunto.

JOSÉ AUGUSTO VIANA

Presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis)

"O dinheiro investido em imóveis pode render 12% ao ano, mais a valorização do local, que varia de caso a caso. É um ótimo investimento na comparação com os demais. A renda é superior aos juros e ainda tem a valorização. Se a pessoa tem condições de investir e tem uma boa renda, o ideal é comprar um apartamento de R$ 200 mil a R$ 250 mil, mais populares, em boa localização. São imóveis escassos para aluguel e alcançam rendimentos altíssimos. Imóveis de valores mais altos são mais difíceis de alugar."

JOSÉ DUTRA VIEIRA SOBRINHO

Conselheiro do Corecon (Conselho Regional de Economia de São Paulo)

"Nos três últimos anos, a valorização do imóvel financiado foi brutal. Acredito que muitos que optaram pelo aluguel, nesse tempo, tenham se arrependido. As taxas nunca foram tão baixas e os prazos nunca foram tão longos para financiar um imóvel, chegando, agora, a 35 anos. Além disso, há a motivação do patrimônio: o que a pessoa está pagando é dela, não é um dinheiro perdido. Mas é preciso analisar a situação, principalmente se a opção for pela compra na planta e o primeiro bem do comprador. Se ele está no aluguel e tem dívidas, é preferível comprar um imóvel pronto, já que poderá usufruir imediatamente do negócio, seja morando ou alugando o imóvel."

JOSÉ URBANO DUARTE

Vice-presidente de governo da Caixa Econômica

"O financiamento permite antecipar a realização de uma necessidade ou de um desejo. A taxa de juros é o custo desta antecipação. Quanto menores os juros, melhor, sob o ponto de vista de quem está se valendo da alternativa do financiamento. No caso do financiamento imobiliário, a taxa de juros é a menor do sistema nos últimos anos. E os prazos, os maiores. E ainda há a forma como a prestação é calculada e cobrada. Ela decresce na medida que o tempo vai passando, comprometendo cada vez menos o orçamento do cliente, da família. O momento é favorável, e os clientes têm se valido disto. Em 2012, por exemplo, eles deverão financiar compras de seus imóveis numa escala superior a 25% do que foi feito em 2011. Juros menores e prazos maiores permitem realizar aquela necessidade comprando imóveis melhores e/ou em condições mais vantajosas."

FLÁVIO PRANDO

Vice-presidente de habitação do Secovi-SP (sindicato de habitação)

"Os imóveis tiveram uma valorização importante que tem mais a ver com uma recuperação do que, propriamente, com a alta de preços. Houve uma estagnação entre o final da década de 1990 e no período de 2006/2007, na cidade e região metropolitana de São Paulo, quando os valores ficaram muito aquém da inflação. Agora, atingiram um patamar adequado e a tendência é uma valorização de 5% a 10%. Temos uma cidade onde a matéria-prima dos lançamentos imobiliários, que são os terrenos, é extremamente escassa. E há a questão do zoneamento, que desde 2003 tornou-se muito mais restritivo, o que reduz o potencial construtivo nesses terrenos. Consequência: a oferta de imóveis em São Paulo é inferior à demanda, o que gera uma pressão permanente nos preços, especialmente nos bairros mais procurados --aquele anel em volta do centro, que compreende Jardins, Itaim, Pinheiros, Brooklin, Vila Olímpia etc. Com a escassez de terrenos baldios, qualquer novo empreendimento paga um preço muito alto para remover a construção já existente, demolida e não aproveitada, para a obra partir de um espaço limpo. Resumo da história: no ponto de vista do Secovi, tendo oportunidade e valor de entrada (que está bastante reduzido, entre 10% e 15%), vale muito a pena financiar um imóvel com juros menores e prazos maiores. Dessa forma, o valor do financiamento se assemelha ao valor do aluguel. É mais inteligente comprar, pois o financiamento acaba e o imóvel valoriza."

ALEXANDRE N. SOARES

Advogado, responsável pelo escritório da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação) em São Paulo

"Não há como se afirmar 'a priori' se é mais vantajoso alugar ou financiar. Existem muitas variáveis envolvidas (taxa de juros aplicada no contrato de financiamento, valor da locação, renda familiar, disciplina e controle de gastos etc). No entanto, na maioria dos casos, se a família for disciplinada e conseguir poupar, mesmo que more num imóvel locado --com valor condizente com a sua renda--, talvez torne-se mais vantajoso aguardar para comprar à vista o sonhado imóvel próprio, mesmo tendo em vista a queda acentuada da taxa de juros. Depende do caso concreto."

SAMY DANA

Professor da Escola de Economia da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas)

"Comprar um imóvel ou continuar pagando aluguel? Esse é o dilema de muitos brasileiros. Porém, essa decisão precisa ser tomada depois de uma ampla análise. O corte das taxas de juros cria um benefício que deve ser dividido entre consumidores e construtoras. A forma que as construtoras têm para se apropriar desse benefício é através do aumento dos preços dos imóveis, propagandas e um batalhão de corretores tentando fazer o consumidor acreditar que a oportunidade é 'única'. Vale lembrar que quanto mais os preços aumentarem, menor será a 'fatia' que sobra para o consumidor. Se for comprar um imóvel, tenha certeza que o preço que está pagando é razoável, não se deixe levar por impulso ou pelas aparentes barganhas em taxas. Tome cuidado para não deixar sua parte do bolo nas mãos do faminto setor imobiliário. Exemplo prático para uma pessoa que pretende comprar um imóvel de R$ 450 mil e tem R$ 180 mil de entrada e, por enquanto, paga aluguel no valor de R$ 1.500. Há duas opções: 1) A primeira é aplicar os R$ 180 mil no Tesouro Direto e fazer aplicações mensais de R$ 1 mil durante todo o período. Após os 30 anos, ela terá R$ 2,008 milhões. 2) A outra opção teria sido dar a entrada de R$ 180 mil e financiar os R$ 270 mil restantes. Durante 30 anos, essa pessoa terá que pagar R$ 2.500 ao mês para ter o imóvel. Ao final do período, o imóvel será seu e lhe custará R$ 900 mil."

JOÃO DA ROCHA LIMA JUNIOR

Professor titular de Real Estate da USP (Universidade de São Paulo)

"A taxa de juros dos financiamentos estão acima da taxa referencial de juros. Enquanto você pode financiar a compra de um imóvel à taxa de 9,5% ano + TR, o que, na média pode representa um custo do financiamento de 10 a 11% ano, a renda de aplicações conservadoras pode estar no limite do CDI, que é de 8,5%. E caindo. Lembre que esses 8,5% devem ser cortados de 22,5% de imposto sobre a renda, resultando em 6,59%, dos quais ainda se extrai 1 ponto para administração se se tratar de aplicação em fundo de investimento. Então, aplicar recursos a 5,6% liquido anual contra financiamento a 11% não tem sentido. Se adicionarmos o custo do aluguel, na solução não comprar, retiramos mais alguns pontos dos 5,6% ano, ou eventualmente toda a renda líquida será consumida no pagamento do aluguel. Se o investidor tem recursos líquidos e precisa da residência, deve comprar. As aplicações para alugar imóveis residenciais representam pagar preço no auge do mercado, esperando uma renda que pode girar ao redor de 7% ano, com 27,5% de imposto sobre a renda, o que resulta líquido pouco mais de 5%, fora o custo dos vazios. Já aplicações em imóveis comerciais de alta qualidade abrigados em fundos imobiliários pode render ao redor de 8,5% ano, já descontados os custos de administração e as flutuações com vazios. A renda dos FII (Fundo de Investimento Imobiliários) é isenta de imposto sobre a renda para a pessoa física em situações particulares."

CLAUDIO BORGES

Diretor de crédito imobiliário do Bradesco

"Fiz um comparativo entre duas situações: um cliente comprando um imóvel de R$ 200 mil, financiando R$ 160 mil em 360 meses, e a hipótese desse mesmo cliente alugar um imóvel de R$ 200 mil, pagando um aluguel mensal de 0,8% do valor do bem. A primeira prestação do cliente (R$ 1.733) está muito próxima do valor do aluguel, porém no decorrer do tempo ela vai caindo e ao final de 30 anos, mesmo com uma TR estimada em 0,4% ao mês, o cliente concluirá o pagamento de sua prestação na ordem dos R$ 542.

Ao contrário da prestação do crédito imobiliário, o aluguel sobe anualmente pelo IGP-M cumulativamente. Considerando um IGP-M conservador, de 5% a.a., verificamos que o aluguel, que era inicialmente de R$ 1.600, com o reajuste anual capitalizado, chega ao final de 30 anos na ordem de R$ 6.915. O segundo sonho de uma pessoa que está financiando um imóvel numa faixa etária média de 35 anos, ao final dos 30 anos de financiamento, é estar aposentada. Pela realidade brasileira, a expectativa é que ela tenha uma renda comparativa ao se aposentar muito menor que a sua renda atual. Neste caso, a prestação do crédito imobiliário reduzindo-se ao longo do tempo atende essa necessidade de um custo menor de moradia, pois na medida que o tempo vai passando, sua prestação vai se tornando cada vez menor. No aluguel, a curva é inversa, o que vai impactar numa redução contínua da capacidade de poupança e de se preparar para a aposentadoria. Considerando um financiamento de R$ 160 mil, taxa de juros de 9,5%, a.a. + TR de 0,04% ao mês, ao final de 30 anos o cliente terá desembolsado a quantia de R$ 433.911. Para quem pagou o aluguel de um imóvel de R$ 200 mil, ao final de 30 anos, terá desembolsado a importância de R$ 1,27 milhão, ou seja, o valor equivalente a três financiamentos imobiliários e ainda não terá a propriedade do bem. Ao pagar uma prestação de crédito imobiliário, o cliente faz um investimento em um bem que um dia será seu."

ROSELI HERNANDES

Diretora comercial da Lello Imóveis

"É preciso fazer contas para ver o que é mais vantajoso. Analisar o que você tem de capital e investigar se vale a pena aplicar ou dar entrada num financiamento imobiliário. Tenho clientes que compraram um imóvel na periferia e se mantiveram em outro alugado, num bairro mais nobre, por estarem mais próximos de trabalho, facilidades e família. O sonho da casa própria foi realizado, sem, necessariamente, a família ter de morar nele. E a nova lei do inquilinato garante menos conflitos. O inquilino procura ser respeitador, até porque hoje ele tem mais garantias, e o proprietário, por sua vez, tem interesse de manter o bom inquilino. Por outro lado, na compra, há dois tipos de financiamento: na planta, onde o comprador tem as parcelas semestrais, mas só começa a pagar o financiamento nas chaves --uma compra mais de impulso-- e com o imóvel pronto, em que ele é obrigado a estar mais preparado, pois tem que ter, no mínimo, 20% do valor do bem para dar de entrada. Em compensação já pode se beneficiar imediatamente da sua compra."

JOSÉ PEREIRA GONÇALVES

Economista e especialista em mercado imobiliário

"A casa própria é a principal transação feita durante toda a vida. Por isso é importante que a decisão seja tomada considerando todos os aspectos para que o sonho não venha a se tornar um pesadelo. Antes de comprar é fundamental ter certeza de que a possibilidade de haver mudança para outro local, motivada por emprego ou outra decisão qualquer, é mínima. Se existir essa possibilidade, o mais recomendável é alugar, pois a compra requer um investimento muito elevado. Se a decisão for pela compra, é importante ter certeza de que o imóvel atende suas necessidades de tamanho, aspirações e se está bem localizado. Na compra em que se dispõe de recursos, deve-se avaliar o montante necessário para ser à vista: sobrará dinheiro para atender uma emergência? Há recursos suficientes para cobrir todos os custos com a mudança, realizar reforma, comprar os móveis necessários, pagar os impostos devidos na transação?

Na compra com financiamento, é preciso considerar a taxa de juros razoável e o prazo contratado). Em relação a isso, vale refletir se compensa um prazo muito longo. Na maioria das situações, o prazo deve ser encarado como uma forma de obter uma prestação que naquele momento caiba na renda sem deixar o comprador muito sufocado. Ao longo do tempo, ele poderá realizar amortizações e reduzir esse prazo, pois durante esse tempo ele acumulará poupança ou, dependendo da operação, poderá utilizar recursos de sua conta do FGTS para realizar essa amortização. Vale destacar que o aluguel é uma despesa que a pessoa tem por estar utilizando um imóvel que não é de sua propriedade. A prestação, por sua vez é um investimento que a pessoa faz para adquirir um bem. O financiamento é uma forma de a pessoa antecipar a compra de um bem cuja aquisição à vista exigiria um prazo muito longo de poupança."

Fonte: Folha

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Saiba o que fazer ao notar problemas decorrentes da obra vizinha

O Globo online, Morar Bem, 15/mai

As crateras abertas em Ipanema no último fim de semana no local onde acontecem as obras do Metrô chamaram, mais uma vez, atenção para um assunto que não é novo. O embate entre proprietários de imóveis, antigos ou não, e as novas construções ou obras na vizinhança. E a cidade está cheia delas. Não raro, aqueles que já vivem no local onde uma nova obra começa percebem rachaduras ou sentem o prédio tremer quando há escavações mais profundas como, aliás, já vinha acontecendo na própria Rua Barão da Torre. Mas o que fazer nessa situação?

A primeira medida é procurar a Defesa Civil municipal, que aqui no Rio atende 24 horas tanto pelo 199 como pelo 1746. Embora alguns moradores de Ipanema tenham afirmado já ter procurado o órgão antes mesmo das crateras se abrirem. "Se o morador detectar trincas em pilares, vigas e lajes e rachaduras em paredes, deve entrar em contato imediatamente com a Defesa Civil para receber orientações dos técnicos e solicitar vistoria. Os atendentes do 199 são capacitados para acionar imediatamente as equipes da Defesa Civil em situações emergenciais. Para outros casos, orientam os moradores e agendam vistorias", informou a assessoria de imprensa do órgão.

O procedimento vale, inclusive, para regiões de Apac e se os danos ocorrerem em imóveis tombados. Nesse caso, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, que cuida das Apacs e imóveis tombados a nível municipal, também deve ser avisado. Mas a tarefa cabe à própria Defesa Civil, que após fazer uma avaliação estrutural do imóvel e verificar que ele tem proteção histórica, deve encaminhar pedido de vistoria ao órgão. Já se o tombamento for federal e tiver sido feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), o morador pode comunicar o problema diretamente.

"O proprietário conta com nosso total respaldo, em termos de consultoria, vistoria, embargo e outras medidas que se façam necessárias com relação à prefeitura ou ao autor da obra", disse por e-mail a assessoria de imprensa do Iphan no Rio.

Vale lembrar, contudo, que para realizar qualquer obra em regiões de Apac ou de imóveis tombados, é preciso ter a aprovação prévia dos órgãos de proteção, que farão uma vistoria antes mesmo do início das obras para saber se há riscos de danos estruturais nos bens tombados.

Vistorias cautelares e periódicas devem ser feitas também em casos de grandes construções que possam provocar danos aos imóveis do entorno, sejam elas públicas ou privadas, informa a Defesa Civil. Nesse caso, cabe aos responsáveis técnicos da obra fazerem essa fiscalização para identificar as condições dos imóveis vizinhos antes da execução, além do monitoramento constante das edificações e assistências aos moradores.

- Quando a obra é pública, é razoável que o técnico compareça, até mesmo para tranquilizar os moradores e atestar que não há risco. Agora, a Defesa Civil deve ser chamada, ainda que não haja risco, até mesmo para o técnico dizer isso - diz o advogado Hamilton Quirino, acrescentando ainda que em caso de persistência na dúvida, é possível ainda pedir um laudo particular.

Nesse caso, o serviço será pago, claro. Mas a dica, lembra o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), é procurar um engenheiro registrado no Crea e, para maior segurança, pedir a Certidão de Acervo Técnico (CAT) do profissional. Responsável pela fiscalização do exercício profissional, a entidade também costuma atuar em obras de grande porte quando há algum problema como no caso da Barão da Torre.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Preço de imóvel sobe mais que a renda

Estudo mostra que a compra de um imóvel ficou mais difícil nos últimos anos porque se distanciou da evolução da renda média dos brasileiros.
O preço dos imóveis residenciais subiu tanto, que nem o crescimento da renda dos brasileiros e a melhora nas taxas e nos prazos do financiamento nos últimos anos foram suficientes para evitar a deterioração do poder de compra dos consumidores. Na prática, comprar um imóvel ficou mais difícil, como mostra pesquisa da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) elaborada a pedido do ‘Broadcast’, serviço em tempo real da ‘Agência Estado’.
O estudo compara a evolução do preço das moradias nas maiores capitais brasileiras com a renda da população, as taxas de juros e os prazos do financiamento imobiliário entre os anos de 2006, quando teve início o boom do setor, e 2013. A conclusão é que de houve uma perda em torno de 21% no poder de compra, o que tornou o imóvel caro para boa parte dos consumidores e exigiu revisão da estratégia de venda das incorporadoras (mais informações nesta página). Em 2013, os preços começaram a desacelerar, com altas menores que a inflação. Em 2014, a alta dos imóveis perde para a inflação.
Em uma simulação, a pesquisa observa as condições para compra de uma unidade de 82 metros quadrados avaliada em R$ 200 mil em 2006, valores médios de referência da época. A unidade subiu 229%, chegando a R$ 658 mil em 2013. Uma família interessada em financiar a compra em 2006 precisava apresentar renda mensal de pelo menos R$ 7,7 mil para ter o empréstimo bancário aprovado. Já em 2013, após a disparada nos preços, a renda exigida pulou para R$ 17,6 mil.
Renda. O problema é que a renda da população não acompanhou a subida dos preços. A família que ganhava R$ 7,7 mil por mês em 2006 passou, em média, para R$ 13,9 mil no fim de 2013. Com esse dinheiro, comprar o imóvel de 82 m² ficou inviável. No máximo, caberia no bolso outro de 64,6 m², uma queda de 21,2% no poder de compra.
A perda no poder de consumo ocorreu mesmo com a melhora nas condições do financiamento. A taxa média de juros do crédito imobiliário caiu de 10,3% ao ano em 2006 para 7,88% no fim de 2013. No período, o prazo de quitação dos empréstimos passou, na média, de 200 meses (16,6 anos) para 358 meses (29,8 anos).
“Essa perda obriga o comprador do imóvel a poupar mais para dar a entrada na compra. Então o negócio acaba sendo fechado bem mais tarde”, afirmou o coordenador do Núcleo de Mercado Imobiliário da Poli/USP e coautor da pesquisa, João da Rocha Lima. Na simulação, a entrada de 30% do valor do imóvel em 2006 era igual a R$ 60 mil, ou o equivalente a 7,7 meses de renda da família. Já em 2013, a entrada passou a ser de R$ 197,4 mil, ou o equivalente a 11,2 meses de renda da família. “Comprar um imóvel ficou mais difícil porque é preciso mais tempo de poupança”, disse Lima.
Para o vice-coordenador do Núcleo de Mercado Imobiliário da Poli e coautor do estudo, Claudio Alencar, houve um desajuste no mercado. “Com crescimento da renda e da oferta de crédito, as pessoas deveriam, em tese, ter ganhado poder de compra, mas elas perderam”, afirmou. “Isso indica que os preços cresceram de modo acelerado, criando um desequilíbrio.”
Fonte: O Estado de S. Paulo
Preço de imóvel sobe mais que a renda

domingo, 4 de maio de 2014

Quase sempre é necessário abaixar preço do imóvel para conseguir vender


Dados mostram que o preço certo pode reduzir o tempo de venda de um imóvel consideravelmente.
Quanto tempo um imóvel demora a ser vendido? Dados do PROLIST, plataforma MLS de mercado imobiliário, apontam que o tempo médio para a venda de um imóvel nas principais capitais do país é de 96 dias.
No entanto, devido à falta de informações mais precisas no mercado, os valores anunciados não estão bem alinhados com os valores que os compradores estão, efetivamente, dispostos a pagar.
Para as ofertas listadas na MLS, por exemplo, o tempo mínimo para a venda de um imóvel foi de 81 dias, mas eles tiveram que oferecer um desconto no preço inicial de cerca de 10%. Nas ofertas com mais de 120 dias de listagem a redução foi de, no mínimo, 3,95%.
Esse "desentendimento" entre o preço dos imóveis e o quanto os compradores querem pagar tem gerado uma espera de mais de três meses – em alguns casos até mais de seis meses – para vender um imóvel e, mesmo assim, ainda é necessário negociar para adequar o valor de venda, que raramente é finalizada no preço normal. 
Esses dados botam mais lenha à discussão sobre o preço dos imóveis no Brasil. Embora muitos acreditem que exista uma bolha imobiliária em formação no Brasil, há muitos outros que advocam contrariamente à essa tese – e dizem que os preços apenas tiveram forte valorização ou não por conta uma desvantagem histórica. 
Fonte: InfoMoney

domingo, 20 de abril de 2014

Novas regras para reformas: confira o que muda e qual a importância

ABNT cria novas regras para evitar acidentes em obras. Condômino tem que apresentar plano de obra
Nesta sexta-feira, 18, entra em vigor a nova norma com regras para reformas. Publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o documento apresenta um roteiro de procedimentos que devem ser seguidos nas obras dentro e fora dos imóveis. O objetivo desta decisão é oferecer mais segurança às reformas realizadas em edifícios.
Toda reforma deverá ser autorizada (Foto: Thinkstock)
Os moradores de prédios, por exemplo, deverão enviar ao síndico um planejamento detalhado com o nome da empresa contratada e a duração. Além disso, o síndico terá o poder de autorizar ou proibir procedimentos que forem considerados de risco a edificação ou aos vizinhos. Porém, isso só ocorre com a validação de um engenheiro ou de um arquiteto, que deverá assinar o plano de obra.
“Teremos um maior profissionalismo na execução de reformas. O próprio público começa a enxergar com outros olhos a importância e necessidade de trazer profissionais qualificados de uma empresa especializada que garante a qualidade do serviço, conta René Conter, engenheiro civil e diretor da rede Rei da Reforma.
A norma 16280 da ABNT vale como recomendação e o cumprimento obrigatório ainda depende de análises políticas locais. De toda forma, a instituição da regra, segundo os especialistas, vai amparar legalmente moradores, síndicos e funcionários dos edifícios no caso de problemas com as pequenas reformas.

domingo, 13 de abril de 2014

Veja dicas para não errar na hora de reformar sua casa

Obra mal planejada pode desvalorizar o imóvel
É importante contratar empresa especializada em obras e não ter muitos fornecedores (Foto: Thinkstock)
É importante contratar empresa especializada em obras e não ter muitos fornecedores (Foto: Thinkstock)
O momento de reformar a casa ou apartamento requer paciência e planejamento. As necessidades da obra precisam ser bem pensadas, mas a falta de tempo e dinheiro podem fazer com que as coisas não saiam da melhor maneira.
De acordo com a designer de interiores, Marilia Veiga, o mais correto é pensar de uma forma mais ampla, do começo da reforma até a decoração final. Muitas pessoas acabam contratando um pedreiro e tomam decisões de forma aleatória no decorrer da obra.
O ideal é fazer um projeto com preço fechado incluindo mão de obra, material e prazo de entrega determinado. É recomendado que tenha um contrato de prestação de serviços com descrição. Muitas vezes a última parcela de pagamento está atrelada a entrega final.A primeira dica importante é contratar um profissional especializado. “Contrate empresa especializada em reformas, que ao menos tenha um engenheiro e que assine a responsabilidade técnica de execução para ter garantias”, alerta Marilia.
Já os arquitetos Érika Linardi e Luiz Marcon dizem que o maior problema para realizar uma obra em apartamento é quando se encontra um pé direito baixo. Por isso, a instalação de gesso rebaixado fica inviável, pois diminui a amplitude do ambiente.
“A quantidade de revestimentos precisa ser calculada com uma folga para recortes e sobras. Muitas vezes quando não respeitamos a margem de 15%, faltam peças”, afirmam os arquitetos.
O gesso deixa o ambiente mais bonito, mas precisa ser bem estudado para não diminuir a amplitude do espaço (Foto: Marilia Veiga)
O gesso deixa o ambiente mais bonito, mas precisa ser bem estudado para não diminuir a amplitude do espaço (Foto: Marilia Veiga)
Hoje as empresas costumam construir prédios com apartamentos menores. Com isso, a ideia de quebrar paredes surge na cabeça das famílias. E isso pode ser uma boa alternativa para ter uma qualidade de vida melhor.
“Na minha opinião, as pessoas tem que moldar o imóvel a sua forma de viver. Se for o caso, refaça a parede na hora de vender, mas não passe três anos vivendo num imóvel limitado por essa situação. O nosso dia a dia é a coisa mais importante que temos. Nossa casa tem que ser aproveitada ao máximo”, sugere Marília.
Outro erro comum é a falta de reparos no imóvel. “A manutenção do apartamento precisa ser feita a cada três anos. O ideal na hora de vender um imóvel é deixa-lo com uma boa aparência e bom funcionamento. Andares mais altos sofrem com rachaduras devido a movimentação e acomodação do edifício”, diz Luiz.
Decoração – A parte decorativa do imóvel também entra em questão durante uma obra. Na opinião de Marilia, a falta de proporção entre os móveis se torna um problema grave. “Tem muita gente que compra o mobiliário apenas pelo preço, mas o móvel acaba ficando grande ou pequeno no ambiente”, alerta a designer de interiores.
Uma obra precisa ser pensada desde o início da reforma até a fase final de decoração (Foto: Marilia Veiga)
Uma obra precisa ser pensada desde o início da reforma até a fase final de decoração (Foto: Marilia Veiga)
Outro erro que pode comprometer o visual da casa é a iluminação, que é importante para dar vida ao espaço. A decoração precisa estar em harmonia com a casa e tudo deve ser pensado em conjunto, que inclui o revestimento, cor da parede, tecidos, papel de parede e objetos decorativos.
“A iluminação, por exemplo, tem que estar de acordo com a disposição do mobiliário. Então, não adianta fazer os pontos de luz sem saber que tipo de móvel vai ocupar o espaço”, afirma Marilia.
As cores dificilmente desvalorizam o apartamento, mas pode ser um ponto negativo na hora da venda, caso o futuro comprador prefira cores neutras. “Se você planeja alugar ou vender o imóvel, pinte as paredes com cores claras. Além de ampliar os espaços, a pessoa visualiza melhor o ambiente”, completa Érika.
A cor não influencia no valor do apartamento, mas pode impactar na hora de vender (Foto: Thinkstock)
A cor não influencia no valor do apartamento, mas pode impactar na hora de vender (Foto: Thinkstock)