A mesa de centro, além de ser útil, prática e servir como apoio, pode
ser elemento chave na decoração de um ambiente e roubar a cena. Existe
no mercado uma infinidade de modelos, formatos, cores, tamanhos, alturas
e, por isso mesmo, é preciso ter cuidado na hora de escolher a ideal
para a sua casa. Beleza é fundamental, mas não é tudo e escolher o móvel
errado pode fazer com que ele destoe de todo o resto da decoração.
Confira dicas para eleger a mesa de centro ideal, que seja versátil e
confira charme ao ambiente.
O primeiro ponto a ser levado em consideração é o espaço disponível
para a mesa de centro.
A partir daí será definido o tamanho dela e, para
isso, é fundamental estudar o layout do ambiente em escala real. “Deve
ser deixado, ao menos, algo em torno de 60 centímetros de afastamento
entre a mesinha e os sofás ou poltronas.
Isso porque o móvel deve estar harmonizado à circulação e layout do
ambiente sem se apresentar como uma barreira física.
Algumas mesas de
centro, apesar de interessantes, apresentam dimensões muito acima ou
muito abaixo do que poderiam ter em relação ao ambiente”, explica
Juliana Barreto, arquiteta e professora da FBV/Devry.
Outro cuidado deve estar relacionado à altura da mesa de centro. O
que é preciso levar em consideração é que o móvel serve como apoio para
copos e petiscos e que dá suporte às pessoas que estão sentadas nos
sofás e poltronas. “Geralmente, as mesas de centro assumem a altura até o
joelho das pessoas, ou seja, algo em torno de até 55 centímetros.
Assim, ela serve como apoio e, com esta altura, permite que os objetos
sejam visíveis e destacados, sem chamar para si demasiada atenção, já
que se for mais alta que isso, pode interferir na ambiência do espaço,
sem ser possível que objetos de dimensões maiores sejam dispostos em seu
tampo”, acrescenta a arquiteta.
A questão estética também é quesito fundamental na hora de escolher.
No mercado, existem muitas opções de mesa de centro, de vários formatos,
tamanhos, cores e materiais. Em relação aos formatos disponíveis, os
mais facilmente encontrados são os quadrados e retangulares. Porém
existe uma infinidade de possibilidades. “Pode-se usar também formatos
triangulares, ovais e orgânicos, que são mais livres. Estes podem dar um
charme todo especial ao ambiente. E pode-se ainda fazer um mix
utilizando diferentes mesas de centro”, afirma o arquiteto Artur Diniz.
“As mesas orgânicas também são uma boa opção e caem bem em uma decoração
mais rústica ou clean. Uma decoração mais clássica pede um centro no
mesmo estilo, mas não é regra obrigatória: estilos diferentes podem
dialogar, sempre com cuidado para não brigarem entre si”, completa ele.
Também há uma variedade muito grande quando se trata de materiais e,
em alguns casos, é possível encontrar mesas de centro com mais de um
tipo de material. Vidro, metal e acrílico são peças mais leves, já
madeira ou pedra são volumes mais sólidos. “Se feita sob encomenda, por
algum artesão ou artista, poderá ser uma peça única. Pode-se ter uma
mesa com tampo de ladrilho hidráulico, espelhadas, perfis de aço,
madeira bruta, pedra, fibras naturais, entre outros. Inclusive, existe a
possibilidade dela ser feita a partir de materiais reaproveitados, como pallets e caixotes de feira”, diz Artur Diniz.
É preciso, no entanto, ficar atento ao tipo de uso que a mesa de
centro terá. “A estética deve ficar em segundo plano quanto à
funcionalidade: uma mesa pesada pode ser um transtorno para um cliente
se ele tiver o hábito diário de arrastar a mesa para limpar embaixo.
Neste caso, será bom instalar rodízios ou, além de optar por uma peça
mais leve, pode-se ter uma mesa de centro com pés de apoio, que deixem o
acesso ao chão livre”, ressalta o arquiteto.
Outro ponto diz respeito à
superfície. “Ela tem que ser plana e estável. Muitos modelos priorizam o
aspecto visual, misturam materiais e alturas diferentes e esquecem da
sua função principal e fica até difícil colocar um copo com segurança.
Quando a superfície não for totalmente plana, é indicado utilizar
bandejas em cima da mesa”, sugere ele.
A escolha da cor também é tarefa difícil e, para acertar, é preciso
definir, inicialmente, se o objetivo é dar destaque à mesa de centro ou
neutralizá-la. “Se você quer dar destaque ao estofado e neutralizar a
mesa, esta terá que ser discreta, em vidro, madeira ou cores neutras.
Também poderá seguir o mesmo estilo do mobiliário, principalmente se for
um estilo marcante como o clássico. Já se o estofado for neutro e a
ideia é destacar a mesa, poderá usar cores, com madeira de demolição ou
laca colorida, de cores fortes. Neste último caso, recomendo adotar uma
paleta de cores do ambiente presente em quadros, mesas laterais e
objetos de decoração para unificar visualmente o espaço”, sugere Artur
Diniz.
A arquiteta Juliana Barreto ainda reforça a questão da segurança, que
não deve ser deixada de lado na hora de escolher a mesa de centro
ideal. “Para quem tem criança em casa, deve-se ter o cuidado para que a
mesa de centro não possuam pontas agudas ou vidros de quina, tendo em
vista a facilidade de acidentes. Também é fundamental que o tampo da
mesa não seja apenas apoiado sobre a base, mas fixado, de modo que não
saia do lugar”, conclui.
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