terça-feira, 12 de novembro de 2013

Como deixar sua casa com um toque alemão

Saiba mais sobre o design e estilo do país europeu no mês em que é realizada a maior festa alemã do Brasil.

Design alemão possui grande prestígio internacional  (Fotos: Divulgação)
Todo mundo sabe que outubro é o mês em que se realiza a Oktoberfest, uma das festas mais populares do Brasil e que foi inspirada na festa alemã, que teve origem em 1810 em Munique. Que tal aproveitar para dar um toque germânico à decoração da sua casa? O design alemão possui grande prestígio internacional, impondo estilos e determinando tendências, a partir de uma tradição moldada sobre o tripé de inovação, modernidade e funcionalidade.
Na opinião de Mariângela Libertini, proprietária da loja Kare de São Paulo, uma engenheira apaixonada por decoração, quando pensamos em design alemão no Brasil nos reportamos inicialmente ao estilo colonial alemão – Heimatstil ou Bauernstil -, muito difundido no sul do País, cuja origem remonta às regiões da Alta Baviera e Tirol, adaptando estilos clássicos, barrocos e até góticos aos padrões de estética da tradição campestre alemã.
Outra conhecida decoração alemã é a Kitsch
Segundo ela, que morou em Munique durante quatro anos, período em que vivenciou bem de perto a cultura e tradições alemãs, outra conhecida linha de estilo alemão é o kitsch. “Inicialmente, o termo foi empregado para descrever elementos decorativos de menor valor estético, por serem réplicas de objetos artísticos ou por exagerarem de alguma maneira o padrão original”, explica. Com o advento da massificação da Pop Art e o rompimento de costumes e valores na sociedade contemporânea, o kitsch passou a representar uma releitura dos clássicos com certa dose de humor, conquistando seu espaço no mundo das artes.
De acordo com Mariângela, o moderno e mundialmente reconhecido design alemão teve início no lendário movimento Bauhaus, fundado por Walter Gropius em 1919, que se focou em mobília e design industrial, em tudo aquilo que o design e a arquitetura poderiam tornar um prazer, mas que não ocorria usualmente. O arquiteto Gropius dizia: “Criemos uma nova guilda de artesãos, sem as distinções de classe que erguem uma barreira de arrogância entre o artista e o artesão”.
A estilo alemão é prático, belo e de longa durabilidade
A Escola Bauhaus foi a mais importante escola de desenho industrial, arte e arquitetura do culo XX, em uma tentativa de combinar todas as artes em um só ideal. Seu lema era a construção do futuro sob a filosofia de que a forma seguisse a função. Linhas simples e formas retas e poucos materiais definem este estilo, surgido em meio ao conturbado período de intensa urbanização e reestruturação social. Os móveis criados de acordo com o conceito Bauhaus devem seguir algumas diretrizes, como a praticidade, beleza, custo reduzido e longa durabilidade.
“A partir daí, grandes empresas como a Braun e a Porsche passaram a dedicar especial atenção ao design de seus produtos, fazendo florescer em toda a Alemanha um grande número de escritórios de design”, explica Mariângela. Com a globalização, estes berços criativos do design alemão se espalharam pelo mundo, tendo como foco as tendências de Life Style e suas variações culturais.No pós-guerra, a Escola de Ulm se propôs a retomar os preceitos do Bauhaus ampliando o foco sobre o funcionalismo, além de inserir os conceitos de ergonomia, cultura lúdico-popular e semiótica, que hoje caracterizam os cursos de design em todo o mundo.
Linha mais rebuscada que remete à vida no campo
Colonial ou moderno – Segundo Mariângela, não existe um estilo alemão de decoração único, mas estilos diferentes com características próprias. “A escolha vai depender do gosto pessoal de cada um, uma vez que o design alemão oferece desde peças românticas a produtos de linhas extremamente modernas”, avalia.
Indo para a linha mais romântica, há o estilo colonial alemão, muito presente e reconhecido no Sul do Brasil e que está mais relacionado ao modo de vida campestre. “Esse estilo caracteriza-se por uma composição de peças clássicas e barrocas adaptadas à vida no campo, com o predomínio do uso de móveis de madeira em seu estado natural ou pintados artesanalmente, linhas mais rebuscadas, padronagens xadrez e floral nos tecidos, além de acessórios de decoração que remetem à vida no campo, como réplicas de cabeças de animais de caça, chifres, couro e pele sintética”, exemplifica.
Para quem é adepto do estilo moderno, a escolha deve recair sobre móveis de linhas retas e com design mais limpo, livre de excessos e de muitos detalhes, em materiais como aço, vidro e madeira laqueada, além de couros e tecidos de padronagem lisa. “A funcionalidade do mobiliário também é um item essencial. A quantidade de acessórios é mais reduzida, dando-se preferência a peças maiores e de maior impacto estético”, detalha Mariângela. Neste caso, a presença de elementos considerados kitsch pode conferir um toque de ousadia e personalidade ao ambiente.

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